Gasto acumulado já soma R $ 130 bilhões; reforma pode garantir mais investimentos em saúde, educação e segurança. SAIBA + 4y2a5e
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O déficit previdenciário acumulado em Minas Gerais já chega a R $ 130 bilhões, em valores corrigidos, somado aos gastos dos últimos oito anos. A previsão é que essas despesas cresçam ainda mais em um cenário de crise, se não for feito um ajuste para reequilibrar as contas públicas.
Somente em 2020, o Estado deve gastar cerca de R $ 19,2 bilhões com a Previdência. Desse valor, 12,5 bilhões de dólares, é o fruto do déficit de contribuição dos servidores civis do Regime Próprio. Se nada for feito, uma previsão é um déficit acumulado no período (2019-2022) ultrae R $ 50 bilhões em relação a esse grupo de servidores.
Por estranho que pareça, esse descomo financeiro acontece por uma boa razão: felizmente, a expectativa de vida da população tem aumentado. Porém, nessa nova realidade - que vem ocorrendo em todo o mundo - os sistemas de Previdência precisam ser revistos para garantir condições dignas de aposentadoria a quem se dedica ao serviço público.
Vale ressaltar que, se nada for feito para redução do déficit previdenciário, o próprio pagamento de salários dos servidores que estão na ativa e das pensões ficaria seriamente comprometido no futuro.
Proposta do Executivo
Por isso, o Governo de Minas enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 19 de junho, a proposta da Reforma da Previdência dos servidores civis estaduais inseridos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Vale lembrar que, dos 27 estados brasileiros, 20 já realizaram suas reformas.
A União também ou por esse processo e estabeleceu o reajuste como exigência para a manutenção de rees de recursos voluntários aos estados. Isso quer dizer que, sem reforma, Minas Gerais perderia esses valores do governo federal.
Como as alterações propostas no Minas buscam fazer esse ajuste para garantir condições dignas de aposentadoria para servidores, além de reduzir os efeitos econômicos para a caixa do Estado a longo prazo. A iniciativa pode gerar, em dez anos, uma economia de R $ 32,6 bilhões para os cofres públicos.
Serviços prioritários
Com um modelo de pagamento, o poder público terá mais dinheiro para investir na manutenção e na melhoria da qualidade dos serviços prioritários, como Saúde, Educação e Segurança.
“O equacionamento do sistema previdenciário também contribui para que possa prestar melhores serviços para a população e valorizar o servidor em atividade. A construção do nosso futuro é pauta suprapartidária ”, reforma do secretário de Governo de Minas Gerais, Igor Eto.