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Projeto na Câmara Municipal pode tornar o bordão "Quando eu era criança pequena lá em Barbacena" frase cultural da cidade 6isz



Projeto é de autoria do vereador Sandro Heleno 3m445v

Autor do bordão, Joselino Barbacena foi interpretado por Antônio Pires e Ângelo Antônio

Na 27ª Sessão Ordinária da atual legislatura da Câmara Municipal de Barbacena, os vereadores participaram da primeira votação e discussão do Projeto de Lei nº. 058/25, que declara o bordão “Quando eu Era Pequeno em Barbacena” como frase cultural do município de Barbacena e dá outras providências, de autoria do vereador Sandro Heleno da Silva Carvalho.

O bordão foi criado por Chico Anísio e pelo ator Antônio Carlos Pires para o seu personagem Joselino Barbacena, um dos alunos da Escolinha do Professor Raimundo, programa da grade de humor da TV Globo. Posteriormente à morte de Antônio Pires, o personagem Joselino Barbacena foi interpretado em 2015 pelo ator Ângelo Antônio. Durante sua atuação na escolinha, Joselino sempre usava o bordão ao responder às perguntas formuladas pelo professor. "Quando eu era criança pequena lá em Barbacena", começava Joselino em sua resposta, sempre em tom de humor, com explicações nada ortodoxas.

Joselino Barbacena era conhecido por ter capacidade e saúde mental duvidosas, mas poucos sabem que na verdade esta é uma sátira humorística que ao mesmo tempo protesta contra uma das maiores tragédias da história brasileira (leia ao final da matéria).

O PL do vereador Sandro Heleno ainda ará por mais uma votação, e se, aprovado pela Câmara, seguirá para sanção do prefeito de Barbacena.

A HISTÓRIA DA CIDADE DOS LOUCOS QUE INSPIROU CHICO ANÍSIO E ANTÔNIO PIRES
 
Barbacena, cidade interiorana de Minas Gerais, é conhecida como “cidade dos loucos” por ter abrigado o maior hospital psiquiátrico do Brasil: o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (também conhecido como Hospital Colônia de Barbacena), palco do maior desastre humanitário do Brasil, ainda pouco conhecido, que durou quase 50 anos. Em sua obra “Holocausto Brasileiro”, a jornalista Daniela Arbex denunciou cerca de 60 mil mortes ocorridas na instituição, majoritariamente entre os anos de 1930 e 1979.⁣
 
Com uma longa história, o Hospital Colônia de Barbacena começou como um centro de referência nacional buscado pela elite para tratar seus “desajustados”. Com problemas na istração e com a interferência do Estado, o local se transformou num polo de atração de pessoas indesejadas à sociedade a partir da década de 1930. Indivíduos sem diagnóstico aram a ser internados à força: pessoas com deficiência, opositores políticos locais, “loucos”, prostitutas, homossexuais, mendigos, entre outros grupos marginalizados. A maioria chegava ao “hospital-prisão” por meio dos vagões chamados de “trem do doido” e ao chegar ao local a vida já se transformava num verdadeiro inferno, com rotinas e tratamentos desumanos.⁣
 
O hospital só foi “descoberto” pela sociedade após uma visita do psiquiatra italiano Franco Basaglia e de alguns jornalistas. O estrangeiro comparou o local com um campo de concentração n4z1sta e o caso virou notícia no Brasil e no exterior. Foram cerca 60 mil mortos, dos quais 1853 tiveram seus corpos traficados para universidades de medicina. Atualmente, por volta de 190 sobreviventes são assistidos pelo Estado e dos sete hospitais da Colônia, apenas três estão em funcionamento. 🏥
Texto escrito por Leonardo Kröhling

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