Segundo a Transparência, Barbacena recebeu em três meses cerca de R$32 milhões para investir em ações contra a Covid-19 no município. 5z5n2i
Atualizando a população de Barbacena sobre a receita do município para o combate à pandemia de Coronavírus (Covid-19). O portal Transparência no dia 30/07 (11h27), incluiu algumas receitas nos meses de abril, maio e junho, da Medida Provisória 938/2020 de apoio financeiro pela União aos estados/municípios e outras transferências da União referente a ações de gestão e de Saúde e Assistência. Barbacena alcançou a cifra de mais de R$ 32 milhões em 3 meses, considerando que a primeira transferência ocorreu em 31/03.
Analisando os empenhos e separando-os por segmentos foi possível constatar onde, como, quanto e quando foi utilizado o dinheiro enviado ao município para o combate à Covid-19.
R$ 32 milhões em 3 meses, considerando que a primeira transferência ocorreu em 31/03.
No dia 27/07 havia realizado levantamento e constatado a distribuição de R$9.657.160,29 que já haviam sido empenhados, da seguinte forma:
- 12,21% (R$1.178.838,62) foi destinado ao pagamento de pessoal e encargos;
- 86,25% (R$8.329.548,57) foi reado aos prestadores de serviços de média e alta complexidade – Santa Casa de Misericórdia de Barbacena (R$ 4.068.136,73), Hospital Ibiapaba CEBAMS (R$ 2.354.297,36) e Policlínica de Barbacena (R$ 2.337.982,48);
- 0,02% (R$ 2.000,00) foi para adquirir medicamentos (Hidroxicloroquina);
- 1,21%, R$ 116.845,50, foi utilizado para aquisição de material de consumo médico hospitalar (limpeza e segurança);
- 0,19% (R$ 58.500,00) foi empenhado para pagamento do contrato com laboratório para exames, sendo que somente R$ 11.310,00 foi pago até o momento.
Além da verba de mais de R$ 32 milhões, Barbacena também já recebeu e reou aos prestadores de serviços (hospitais) R$1.250.795,00 proveniente de Emendas Parlamentares:
- R$ 480.227,00 reado ao CEBAMS;
- R$ 250.227,00 reado à Policlínica Maternidade
- R$ 520.341,00 reado à Santa Casa de Misericórdia
Fonte: TCE-MG Covid-19
No portal de transparência do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais - Covid-19 Coronavírus já é possível encontrar algumas informações referente aos gastos do município.
Porém são muito poucas e não há informações quanto aos convênios que justificaram o ree aos prestadores de serviços que representa 86,25% dos gastos.
Para ar as informações é só digitar na barra de navegação: https://www.tce.mg.gov.br/covid/.asp
Isolamento domiciliar x Internação
Outra análise muito importante que, como fiscais do povo, precisamos fazer é quanto a estratégia de combate e que está diretamente relacionada ao custo x benefício. Sim, alcançamos o índice de 93,93% de curados, porém onde foram tratados? Como foram tratados?
Quantas pessoas realmente precisaram de internação para justificar um investimento de mais de R$ 8 milhões nos prestadores de serviço privados (filantrópicos mas privados) para pagamento de leitos de UTI - incluindo as reformas?
No TabNet DataSUS em que já foram disponibilizadas as informações de Junho é possível constatar o número de internações ocorridas no período de abril a junho para o procedimento Covid-19:
Somando-se os números reados nos boletins epidemiológicos, chegamos aos números de 702 pacientes em isolamento domiciliar, 145 internados suspeitos e 35 internados confirmados. Mas esses são números absolutos ou de paciente/dia?
Nos boletins os dados são reados de acordo com o paciente/dia ou seja, 1 pessoa que ficou internada constará no boletim durante o tempo inteiro de sua internação ou seja, se ficou 8 dias internada, esse paciente constará nos boletim epidemiológico durante 8 dias.
É preciso que o município ree informações certas e bem claras quanto ao número de pacientes internados e não de pacientes/dia para analisar a eficácia da estratégia de gastos.
No levantamento dos boletins de junho temos 702 pessoas em isolamento domiciliar e 145 internações de pessoas que estavam com suspeita de Covid-19. São isolados/dia ou absolutos? O que o município fez para ajudar esses pacientes isolados em casa? Forneceu medicamento ou foram os próprios pacientes que compraram os medicamentos? Como foi a assistência do município a esses pacientes suspeitos?
As Unidades Básicas de Saúde foram equipadas para atender essas pessoas com suspeita de Covid? Qual investimento que o município realizou nas UBS? Muitos municípios brasileiros investiram o dinheiro que receberam para tratamento no início dos sintomas, para evitar internações. Fizemos o mesmo?
Quanto? Como? Onde? Quando? Por quê?