Pai e advogada afirmam que não conseguem informações da Corregedoria Geral de Polícia Civil sobre o andamento das investigações e da perícia no celular de escrivã.
Primeiro a dor, depois a ansiedade misturada à agonia. Esses os sentimentos experimentados por Aldair Divino Drumond, pai da escrivã Rafaela Drumond, que tirou a própria vida no último dia 9 de junho de 2023, após denunciar casos de assédio moral e sexual, por parte do delegado chefe da Delegacia de Carandaí. Segundo o pai da escrivã, até hoje, a Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais não deu qualquer posição sobre a perícia realizada no celular de sua filha. “É um total descaso com a família de Rafaela Drumond. Nossa advogada, que a família contratou para acompanhar o caso, nos disse segunda-feira (21) não ter qualquer informação sobre o andamento da perícia e muito menos do caso. Existe, sim, uma grande falta de respeito”, diz Aldair Divino Drumond. Questionada sobre o andamento do caso, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil afirma por meio de nota “prossegue sob sigilo, na CGPC (Corregedoria Geral de Polícia Civil), o inquérito policial instaurado para apurar as circunstâncias da morte da escrivã de polícia Rafaela Drumond”.
A nota diz ainda que “a PCMG esclarece que os dados do telefone celular da servidora estão sendo analisados pelo Instituto de Criminalística. Após a finalização do exame pericial, o laudo será encaminhado à CGPC (Corregedoria Geral de Polícia Civil). Os autos do inquérito foram judicializados e submetidos à análise do ministério público. A investigação tramita estritamente dentro do prazo concedido pelo poder judiciário. Outras informações serão readas após a conclusão do inquérito policial”.
Estado de Minas