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A cada 40 segundos, uma pessoa se mata no mundo 5d2o1f
Você conheceu alguém que se suicidou? É só pensar um pouco que logo vem à mente um parente, um vizinho, um amigo... mesmo sendo tão próximo das pessoas, a palavra suicídio costuma ser perturbadora, algo aparentemente proibido de se comentar. Um poderoso tabu ronda esse assunto há séculos e se tornou imprescindível quebrá-lo para tirar a cortina que esconde essa realidade: no mundo, a cada 40 segundos, uma pessoa dá fim à própria vida, vítima de um silêncio interrompido pela morte, que manifesta, de forma drástica, o sofrimento humano.
Entre os brasileiros, são aproximadamente 12 mil mortes voluntárias por ano. Em média, uma a cada 45 minutos, levando em conta o ano de 2012 – último consolidado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). São mais óbitos do que os provocados pela Aids – 10 mil morreram vítimas da doença no país, no mesmo ano. Trazendo as estatísticas para a realidade mineira, mais de três pessoas se mataram por dia em 2015. Entre 2006 e 2014, houve um crescimento de 35% dos suicídios em Minas, conforme a Secretaria de Estado de Saúde.
A começar por esses números, ainda subnotificados, e pelo apelo, em coro, de especialistas, vítimas e parentes, não há dúvidas: precisamos falar sobre suicídio, pois é a melhor forma de prevenção. Cerca de 90% dessas mortes poderiam ser evitadas.
“Para cada suicídio, pelo menos cinco ou seis pessoas em volta são afetadas”, diz o presidente da Associação Brasileira de Prevenção ao Suicídio, o psiquiatra Humberto Corrêa.
ASSUNTO PROIBIDO
Casos são subnotificados por causa de preconceito. Geralmente, a família tenta esconder, e o assunto é comentado “a boca miúda”. Parentes pedem para mudar a causa da morte na certidão de óbito ou, quando alguém chega ao hospital porque tentou se matar, não dizem a motivação e registram como acidental. A OMS estima que a subnotificação dos casos seja em torno de 40%.
“A morte em si já é um tabu, a morte voluntária, então, é mais assustadora ainda. E as pessoas têm vergonha. Se você começa a namorar alguém, você não pode falar que tentou suicídio”, diz a psicóloga Fernanda Marquetti.
Redação BarbacenaMais com informações de O Tempo
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