Canto Mineral tece o encontro entre dois Carlos: Drummond e Bracher 593l6j

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Organizado por Joziane Perdigão Vieira e Pedro Drummond, o livro foi lançado no Fliaraxá, em Bh e Ouro Preto. Saiba mais.... 142v2o

 O pintor Carlos Bracher ao lado da esposa Fani Bracher na inauguração do Ateliê Casa Bracher e lançamento do livro Canto Mineral em Ouro Preto. Foto: Blima Bracher

“Mais que uma síntese da reverência que Drummond e Bracher fazem a Minas Gerais em suas obras, estas páginas são um convite para sentir o “irrevelável segredo chamado Minas”.

(Joziane Perdigão e Pedro Drummond)

Em Araxá o lançamento do livro Canto Mineral: Carlos Drummond de Andrade ilustrado por Carlos Bracher da editora Bazar do Tempo, reuniu Humberto Werneck, Angelo Oswaldo e Carlos Bracher no debate “A palavra Minas: o Canto mineral de Carlos Drummond de Andrade e Carlos Bracher”. Na sequência, o artista de Canto Mineral seguiu para BH e o lançou no sábado, dia 30/06, na Livraria Quixote - Savassi, e na última quinta-feira (5) em Ouro Preto, inaugurando o novo espaço cultural da cidade, um charmoso sobrado inteiramente reformado para abrigar o Ateliê Casa Bracher, espaço dedicado a obra de Carlos e da artista Fani Bracher. 

Concebido por Pedro Drummond, o livro quer mostrar a identificação entre a poesia de um e a pintura do outro. Bracher conta que uma vez Drummond foi à Galeria Bonina, em Copacabana, e escreveu no livro de registro: “Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elogio que, de coração, lhe posso fazer. Viva Minas!” 

“É a primeira vez que eu faço ilustração. Minha pintura é de pouco desenho, ela surge da cor, então foi um desafio experimentá-lo. Escolhi o carvão porque ele é uma pré- pintura, uma elaboração dela, um vetor que utilizo já na pintura em alguns traços”, completa Bracher.

Com posfácio de Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Secretário de Cultura do governo Pimentel, o livro tem seu fecho de ouro com um estudo em que analisa a profunda relação entre as Minas Gerais e a secular tradição poética do estado.

Os poemas

“Drummond tinha Itabira dentro de si independente de onde ele morasse. É assim que me sinto também com Ouro Preto, mesmo não tendo nascido aqui. Penso que o mundo do Drummond é extraordinário. A poesia dele é absolutamente encantadora, é completo em todas as fases de sua poesia. ”, reflete Bracher.

Foram reunidos 54 poemas de vários livros de Carlos Drummond de Andrade durante sua trajetória. “Canto Mineral vem com uma nova leitura dos poemas feita com os desenhos do Bracher, e os versos do Drummond acrescentam novos matizes às ilustrações” completa Pedro Drummond.

Desdobrada em subjetividade, Minas aparece na obra do poeta desde os tempos de juventude no interior do estado até sua mudança para a capital e depois como memória viva nos tempos do Rio de Janeiro. Nesse conjunto encontra-se o humor, a crítica e o afeto de Drummond por sua terra, num panorama revelador de Minas Gerais e da travessia do poeta pelo século XX.

Sobre os autores:

Carlos Drummond de Andrade, poeta e prosador, nascido em
31 de outubro de 1902, em Itabira, Minas Gerais, é considerado um dos mais importantes escritores da língua portuguesa. Destacou-se
no segundo período do Modernismo brasileiro, com seu livro de
estreia, Alguma poesia, de 1930. Atravessou o século XX publicando mais de cinquenta livros, sendo três deles – Boitempo, Menino
antigo e Esquecer para lembrar – suas memórias poéticas de Minas Gerais Obras emblemáticas como Sentimento do mundo (1940), A rosa do povo (1945) e Claro enigma (1951) marcaram a produção poética brasileira.

Foi cronista no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil. Também publicou contos, ensaios, memórias e um livro infantil, História de dois amores. Sua obra foi traduzida em diversos idiomas. Morreu no Rio de Janeiro em 1987, aos 84 anos.

Carlos Bracher é mineiro de Juiz de Fora, nascido em 1940. Membro da Academia Mineira de Letras, Doutor Honoris Causa
pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), realizou exposições individuais no Brasil e no exterior, em museus e galerias da Europa, Ásia e Américas. Entre 2014 e 2015, percorreu o Brasil com a mostra “Bracher: pintura & permanência”, sob a curadoria de Olívio Tavares de Araújo, no Centro Cultural Banco do Brasil, com a qual venceu o prêmio Destaque Especial de melhor mostra do ano, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).

Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries “Homenagem a Van Gogh” (1990), “Do ouro ao aço” (1992), “Brasília” (2007), “Petrobras” (2012) e “Bracher: tributo a Aleijadinho” (2014), que faz uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do barroco mineiro. Uma retrospectiva com cinquenta quadros de sua autoria, produzidos entre 1961 e 2006, percorreu diversas cidades europeias (Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basileia, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo). Tem sete livros publicados, além de diversos filmes produzidos sobre sua obra.

Sobre os organizadores:

Joziane Perdigão Vieira é itabirana como o poeta, formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e estudiosa da obra de Carlos Drummond de Andrade. Atua há quinze anos na área de gestão cultural e comunicação social.

Pedro Augusto Graña Drummond é curador da obra de Carlos Drummond de Andrade há mais de trinta anos, artista plástico, desenhista gráfico, cenógrafo e produtor cultural. Organizou diversas antologias do autor, sendo a mais recente Uma forma de saudade: páginas de diário (2017). Colaborou em obras derivadas para cinema, dança e áudio-livros, e roteirizou e adaptou textos do poeta para teatro: “Crônica viva” (1990), “O gerente” (1991), “Caminhos de João Brandão” (1994). Foi consultor do evento “Drummond: alguma poesia no CCBB” (1990) e organizador do fórum “Itabira: centenário Drummond” (Itabira, 1999 e 2000).

Projeto executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. CA: 1907/001/2017
Patrocínio: Cemig e Leitura

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