Fecomércio MG estima prejuízo para o setor em função do prolongamento da greve dos caminhoneiros, com destaque para a redução de clientes e estoques. Saiba mais... 1d5v
O prolongamento da greve dos caminhoneiros em todo o Brasil gera um prejuízo diário de R$ 469,8 milhões ao varejo de Minas Gerais. A estimativa foi realizada pela Fecomércio MG, com base em cálculos da Fecomércio paulista. No país, as perdas em vendas chegam a R$ 5,4 bilhões ao dia.
De acordo com o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, a dificuldade de transporte de produtos pelas rodovias compromete a economia como um todo, em função de um “efeito cascata”. Nenhum elo da cadeia produtiva é poupado, segundo ele. “Os problemas vão do produtor, no campo, ao consumidor, na ponta, que, por sua vez, é quem lida diretamente com o comércio. Segmentos de bens de primeira necessidade, como alimentos, medicamentos e combustível, são impactados pela falta de estoque. Nas demais atividades, há uma redução do fluxo da clientela, que acaba postergando a compra desses itens, por priorizar outras mercadorias”, pontua.
Nesse cenário, para compreender mais de perto a percepção do empresário, a Fecomércio MG elaborou um levantamento com 92 estabelecimentos do comércio varejista de Belo Horizonte, no último dia 28 de maio. Todos os entrevistados afirmaram sentir os reflexos da paralisação dos caminhoneiros.
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Os problemas mencionados foram: baixo fluxo de clientes/vendas, em 67% dos casos, falta de estoques (40%), ausência de insumos para o funcionamento da loja (16%), ausência de funcionários (10%) e atraso dos empregados (3%). Ainda 14% das empresas deixaram de funcionar ao menos um dia, e 30% encerraram o expediente mais cedo.
É importante destacar que, em função do total da amostragem, os resultados do levantamento não podem ser atribuídos ao comércio varejista de modo geral.
