Nem só de flores vivem os craques dos grandes clubes 642b4q
Imagem: Reuters/ Fernando Kallas
Nem só de flores vivem os craques dos grandes clubes. Enquanto uns sofrem com as duras críticas em relação ao desempenho em campo e exposição da vida pessoal, como Neymar, outros viram alvo pela discrição e introspecção, como é o caso de Messi. Porém, dessa vez quem deu o que falar foi Gerard Piqué.
Referência devido a vida pessoal estável e pela efetividade na zaga do Barcelona, Piqué possui uma carreira de sucesso e está sempre presente nos principais campeonatos de futebol. Por isso, é espantoso que seu nome esteja envolvido em notícias de repercussão negativa. Na última semana, o vazamento de mensagens com a voz do jogador, tratando de uma negociação pela sua empresa, a Kosmos, levantou a ideia de corrupção.
A polêmica envolve a Supercopa da Espanha e sua realização no Oriente Médio. O jornal “El Confidencial”, divulgou que, Piqué havia trocado mensagens com Luis Rubiales, presidente da organização, que revelam a concessão de 40 milhões de euros para cada edição do campeonato organizada no Oriente Médio. Nesse caso, a Kosmos recebeu 4 milhões de euros por temporada.
Segundo o portal Sportbuzz, O zagueiro e Rubiales foram denunciados pelo Ministério Público de Combate à Corrupção sob a justificativa de corrupção entre particulares, prevaricação, suborno e istração desleal. A denúncia foi feita nesta terça-feira, 19, pelo presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores, Miguel Castellanos. Apesar da agitação da mídia esportiva, o jogador se mostrou tranquilo em suas justificativas e declarações.
“A Kosmos ajuda a Sela [empresa saudita] e nós somos pagos pela Sela e não pela RFEF [Federação Espanhola de Futebol]. Não sei como funciona em termos de advogados e contratos. Compreendo que faz parte do contrato com a Sela, mas isso é tratado pelos nossos advogados”, explicou o jogador. Ainda em sua declaração fez questão de deixar claro que é importante a diferenciação entre a pessoa física e jurídica. “A Kosmos é uma empresa, não sou eu pessoalmente. Oficialmente, recebemos a comissão diretamente do Governo da Arábia Saudita. Eu não tenho qualquer acordo comercial com a Federação Espanhola de Futebol. Aceito debater a moralidade do ato, mas, neste caso, a única coisa ilegal é a divulgação dos áudios. [...] Não me arrependo. Penso que fizemos um trabalho muito bom. Acredito que nada do que foi feito é ilegal ou moralmente errado”, concluiu o zagueiro.
Piqué também defendeu a prática comum de comissões, nesses casos, e alegou que os 4 milhões por temporada, foi um valor abaixo do que se é praticado normalmente no mercado.